Em reunião realizada na manhã desta sexta-feira, 03, o presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Gilberto Albuquerque, e os membros do Centro De Operações de Emergências em Saúde Pública (COE) de Teresina decidiram pela manutenção do Decreto nº 22.200, que flexibilizou o uso de máscaras na capital. A justificativa são os dados de covid-19 registrados atualmente na capital, que não apresentam aumento que justifique a mudança nas regras vigentes.
De acordo com os dados do COE municipal, Teresina mantém atualmente uma taxa de positividade global de testes contra a covid-19 de 8%. Nos últimos sete dias, foram registrados 5,5 casos novos e uma média de 4,4 internações a cada 100 mil habitantes da capital. A ocupação de leitos atual está em 2.8% e a o nível de transmissão da doença no momento se encontra em patamar verde, considerado baixo pelos parâmetros do Ministério da Saúde.
O coordenador médico do COE Teresina, Walfrido Salmito, explica que os números atuais não dão suporte para a adoção de mudanças. “Tivemos um aumento nos casos diagnosticados, mas eles ainda não são alarmantes. Não tivemos aumentos de óbitos ou hospitalizações, que é o que preocupa mais. Além disso, não registramos mortes há mais de duas semanas”, justifica.
Gilberto Albuquerque, presidente da FMS, garante que a vigilância municipal seguirá fazendo avaliações diárias, como tem ocorrido desde o início da pandemia, e uma nova reunião acontece na próxima sexta-feira (10) para reavaliar as medidas de acordo com as informações constatadas durante a semana. “Faremos análises diárias dos números. Se na próxima reunião tivermos mudança, a gente certamente vai fazer uma reavaliação das medidas não-farmacológicas”, diz. “Durante todo este tempo mantivemos todas as estruturas de vigilância e avaliação, a rede hospitalar pronta e os profissionais preparados para atender a população”, ressalta o gestor.
Walfrido Salmito alerta ainda que, apesar da flexibilização, o decreto recomenda o uso da máscara por pessoas com maior risco, como idosos ou com comorbidades, sintomáticos respiratórios e positivos para covid, bem como seus contatos. Além disso, ele chama atenção para a vacinação, em especial a terceira e quarta dose, cujos números ainda estão aquém do ideal. Até o dia 26 de maio, 62,15% dos teresinenses com direito à vacina tomaram a terceira dose (primeiro reforço) e apenas 12,81% foram imunizados com a quarta dose (segundo reforço). “A vacina não impede que você contraia a covid, mas protege de formas graves, internações e mortes. Por isso, é preciso que a população faça sua parte e se vacine em tempo adequado”, alerta ele.
Da redação